"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação." Hc 3.17-18



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terça-feira, 20 de julho de 2010

Estudo Sobre o Uso do Vinho na Bíblia

IGREJA EVANGÉLICA MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
“R e c o n c i l i a n d o V i d a s”
Rua das Salinas 139 - Sítio Novo - Olinda PE - Brasil - Fone: (081) 34268195

TEMA: A BÍBLIA E O VINHO

JOÃO 2:1-11

INTRODUÇÃO: O Senhor por boca do profeta Oséias, declara. "O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento. Muitos cristãos por não conhecerem o que a bíblia lhes ensina a respeito do uso do vinho fermentado, vinho com teor alcoólico, estão fazendo uso indiscriminado dessa bebida. Alguns se utilizam de textos bíblicos para tentar respaldar o uso, de bebidas com teor alcoólico. Mais veremos o que nos ensina a palavra de Deus.

Quando começamos a estudar o uso do vinho a luz da palavra de Deus, logo surge duas perguntas. O vinho que Jesus e os seus discípulos usaram na ceia era fermentado? Será que a água que Jesus transformou em vinho tinha álcool? Estas são dúvidas que estão presentes na mente de muitos cristãos. Algum sem conhecimento da palavra de Deus tem ensinado ao povo do Senhor, que aquele vinho usado por Jesus, possuía fermentação, portanto tinha álcool. Mais veremos a luz da palavra de Deus, que isso não é verdade.

Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era: (a) freqüentemente não fermentado; e (b) em geral misturado com água. Vejamos alguns dados reais sobre o preparo.
1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifadas com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; . Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura. Polibio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado
2 ) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura .
3 ) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não. O Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho. Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido. Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de suco de uva recém-espremido; suco de uva assim conservado; suco obtido de uva tipo passas; vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1. Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. A luz desses fatos é ilícita a pratica corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos. Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho, temos dois exemplos disso;
Romanos 14:21
I Timóteo 3:3
Agora vejamos um pouco o que nos diz o Antigo Testamento sobre o uso do vinho:
Três vocábulos distintos são empregados no Antigo Testamento para designar três espécies de vinho.
1) Yayin __ Gênesis. 9:21. É o mais usado, porque aparece nada menos de 140 vezes. Esta palavra é empregada indistintamente sem considerar se o vinho é fermentado ou não.
2) O segundo vocábulo é Tirôsh, empregado 38 vezes. Ao contrário da palavra anterior, esta indica que o vinho não é fermentado! Algumas vezes é traduzido como vinho novo ou "mosto". Deut. 12:17.
3) Shekar é a terceira palavra usada. Tem a conotação negativa, normalmente é traduzida por bebida forte. Os escritores do Velho Testamento a empregam 23 vezes. Prov. 31:6 __ "Dai bebida forte (shekar) aos que perecem, e vinho (shekar) aos amargurados de espírito."
Seria interessante saber que na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego, feita por setenta sábios judeus) a palavra "oinos" foi empregada para traduzir as hebraicas Yayin e Tirôsh, mas nunca para shekar ou bebida forte.
"Arão e seus filhos, os sacerdotes, foram estritamente proibidos de beber vinho ou bebida forte ao entrarem no tabernáculos para ministrar diante do Senhor. (Levítico 10:8_10). Outro exemplo foi os dos nazireus, (Números 6:1, 3 e Juízes 13:1_7 ). Os recabitas viveram um exemplo digno de nota de abstinência permanente do vinho, aderindo estritamente ao mandamento de seu ancestral, Jonadabe, para abster-se dele (Jer. 35:2, 5, 8, 14).
O livro de Provérbios está repleto de advertências contra o vinho e bebida forte vejamos algumas: ( PV 20:1 PV 23:29,31 PV 31:4 ) Vejamos o que diz o livro do profeta Isaías 5:22. Outro exemplo está no livro de Daniel e seus compatriotas deram um digno exemplo pela recusa de beber o vinho do rei (Dan. 1:5, 8, 16)
Agora vamos retornar ao uso do Vinho no Novo Testamento
Os escritores do Novo Testamento também empregaram três vocábulos gregos, que podem ser traduzidos para a nossa língua por vinho: São eles; oinos; sikera; gléukos.
Destas três a mais usada é oinos (aparece 36 vezes), tendo o mesmo sentido de Yayin no hebraico, e que na Septuaginta, como já vimos traduz também o hebraico Tirôsh. A palavra sikera aparece apenas uma vez em Luc. 1:15 __ "João Batista não bebia vinho (oinos) nem bebida forte (sikera)." De modo idêntico o vocábulo gléukos só foi usado uma vez em Atos 2:13. Outros zombando diziam: "Estão cheios de mosto (gléukos)." O Novo Testamento emprega oinos tanto para o vinho fermentado como não fermentado
Agora se o novo Testamento emprega "oinos" tanto para o vinho fermentado e também não fermentado como poderemos saber se o vinho usado por Jesus na Ceia não possuía fermentação, porque essa é justamente a dúvida que muitos cristãos possuem. Podemos afirmar com certeza que o vinho usado por Jesus na ocasião da ceia não era fermentado, vejamos isto a luz da palavra de Deus.

Na cerimônia da páscoa não devia haver fermento em nenhum compartimento da casa, desde que este é o símbolo do pecado. Se os pães asmos não continham fermento como o próprio nome indica, é fácil concluir que o vinho também não podia conter fermento.
As leituras das seguintes passagens nos levam a esta conclusão: Gên. 19:3; Êxodo 13:6_7; Lev. 23:5_6; Luc. 22:1.
Tanto o vinho da ceia como o das bodas em Caná da Galiléia não era fermentado, porque Jesus jamais aceitaria partilhar daquilo que é tão fortemente condenado na Bíblia. Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico empregam a palavra "vinho" "oinos" no tocante a Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Livros Históricos empregam a expressão "fruto da vide" (MT 26.29; Mc 14.25; Luc 22.18). O vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.
(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador (Êxodo 12:15 ). Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (qualquer coisa fermentada) era proibido. Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado. Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (MT 5.17). Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado

Agora e no caso da água que Jesus transformou em vinho, vejamos esse texto a luz da palavra de Deus. (João 2:3_10)
A expressão "Vinho bom". De conformidade com vários escritores antigos, era o vinho mais doce, vinho este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem causar danos (vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da fermentação). O vinho "“ inferior “" era aquele que fora diluído com muita água. O escritor romano Plínio afirma expressamente que o "“ vinho bom “", chamado sapa, não era fermentado. Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu volume a fim de aumentar seu sabor doce. Plínio, Plutarco e Horácio sugerem que o melhor vinho era o do tipo "“ inofensivo “". Os documentos rabínicos afirmam que alguns rabinos recomendavam o vinho fervido.
O Mishna dos judeus diz: "“ O rabino Yehuda permitiu (o vinho fervido como oferta alçada), porque a fervura o melhora “".

Acreditamos piamente que Jesus fez o mesmo vinho da Ceia, sem nenhum álcool. O objetivo desse milagre foi manifestar a sua glória (Jo.2:11), de modo a despertar a fé pessoal e a confiança no Senhor Jesus como filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado. Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como filho Unigênito de Deus, mediante uma festa de bebedeira, visto que cada talha (Jo.2:6) comportava por volta de 120 litros (vezes seis teríamos a quantia de 720 litros), sem contarmos o que já havia sido consumido. Se o vinho fosse embriagante seria mais que suficiente para todo mundo sair trançando as pernas e caindo pelas ruas, o que não ocorreu
Agora e o conselho de Paulo para o jovem Timóteo. Vejamos esse texto à luz da palavra de Deus. I Timóteo 5:23 (1) _ Este texto deixa claro que Timóteo não bebia nenhum dos tipos de vinho usados pelos judeus dos tempos do NT. Se Timóteo tivesse o costume de beber vinho, não teria sido necessário Paulo aconselhá-lo a tomar um pouco de vinho com propósitos medicinais. (2) Timóteo começara a ter distúrbios gástricos, provavelmente devido ao teor de alcalinidade na água em Éfeso. Paulo, portanto, declara que ele devia usar um pouco de vinho com aquela água para neutralizar os efeitos daninhos da alcalinidade. O vinho usado para o estômago, de conformidade com os antigos escritos gregos sobre medicina, costumava ser do tipo não-embriagante. O escritor Ateneu declara: "“ que tome vinho doce, ou misturado com água, ou aquecido, especialmente do tipo chamado pro tropos (o suco de uva antes de espremê-las), por ser bom para o estômago, porque o vinho doce (oinos) não deixa a cabeça pesada “" (3) Timóteo, por respeito ao apóstolo Paulo, tomaria "“ um pouco de vinho “", quando necessário, e exclusivamente com fins medicinais. Citar o conselho de Paulo a Timóteo para justificar o uso de vinho embriagante, em apoio a bebedores de vinho, é distorcer o significado desse trecho bíblico.
CONCLUSÃO: A luz dos textos bíblicos usados nesse estudo é possível, chegarmos à conclusão de que o vinho fermentado, e nenhum tipo de bebida embriagante, devem ser usados pelo povo de Deus. Efésios 5:18 " E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.
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Rua das Salinas, nº 139, Sítio Novo _ Olinda _ Pernambuco _ Brasil _ Fone: 86834079
Site: www.reconciliandovidas.com.br _ email: pastorantoniojose@bol.com.br
(Próximo ao Centro DE CONVENÇÕES)

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